APRE

A coerência é o ultimo refúgio dos que têm falta de imaginação. Daí este ser um blog irreverente, implacavelmente iconoclásta, (onde inexplicavelmente só há adjectivos começados por i), mas cuja impunidade fica à curta distância de uma pedrada no charco da indignação...

Tuesday, September 23, 2003

Inocêncio Calabote Culpado?

Esta pérola da História, é o relato dos acontecimentos que originaram a 1ª
Irradiação na Arbitragem. O outro foi Francisco Silva nos anos 80. Foi
retirada do EXPRESSO on Line, e inclui entrevista com INOCÊNCIO CALABOTE, o
àrbitro que marcou 3 penaltis, expulsou 3 jogadores e prolongou para lá dos
100 minutos o ultimo jogo de um campeonato decidido por diferença de
golos...

Em 1959, acusado de ter prolongado um jogo de futebol para que o Benfica
conquistasse o campeonato nacional de 1958-59, foi irradiado dos campos de
futebol por corrupção, mas quem viria a ganhar seria o FC Porto. Hoje, o
ex-árbitro algarvio Inocêncio Calabote continua a protestar a sua inocência.


«A bem da nação»
Era um domingo muito especial, o de 22 de Março de 1959, em termos de
futebol, quer-se dizer. O calendário era outro, e o Campeonato Nacional da I
Divisão da época 1958-59 vivia, nesse dia, a sua última jornada. E que
jornada! Benfica e Porto, empatados em pontos e nos jogos disputados entre
si, eram os únicos candidatos ao título. A separá-los, na corrida, apenas
uma diferença de quatro golos favorável aos «azuis e brancos» (78-22 do
Porto contra 71-19 do Benfica). Para se tornarem campeões, os «encarnados»
teriam de ganhar o último encontro por uma vantagem superior em quatro golos
àquela que os portistas conseguissem.
Sem directos televisivos, o país estava suspenso, depois do almoço
domingueiro, dos relatos que a Rádio, ainda sem transmissões em cadeia,
assegurava, em simultâneo nessa tarde, dos dois encontros. O Benfica recebia
na Luz, com casa cheia, o Desportivo da CUF, do Barreiro. O Porto, pela sua
parte, enfrentava o Torreense, em Torres Vedras, a transbordar. E a
expectativa era tanto maior quanto se sabia que CUF e Torreense, em riscos
de descerem de divisão (como acabariam por descer, face às derrotas que
sofreram nesse dia), iriam fazer a vida cara aos adversários. Os jogadores
destes dois clubes tinham mesmo prémios especiais (e secretos) para o caso
de conseguirem contrariar as naturais aspirações de vitória dos dois
grandes.
Inocêncio João Teixeira Calabote, árbitro da Comissão Distrital de Évora,
foi escolhido para apitar o Benfica-CUF. Considerado e premiado pela
Comissão Central de Árbitros, «pelo Desporto e a Bem da Nação», como o
melhor da época 1952-53, era indicado à FIFA como árbitro internacional na
época seguinte (distinção que voltaria a merecer em 1956-57) e apontado um
ano depois pelo próprio presidente da Comissão Central, na altura Filipe
Gameiro Pereira, como «do melhor que tem passado pelo sector da arbitragem»,
numa entrevista concedida ao jornal «A Bola» em 26 de Março de 1955. E havia
razões de sobra para escolher um juiz com o perfil de «honrado» e de
«independente» como o de Inocêncio Calabote para arbitrar esse Benfica-CUF
de 1959. É que ao longo da época, em particular durante a segunda volta, os
«encarnados» tinham acumulado múltiplas razões de queixa contra as
autoridades responsáveis pelos destinos do futebol.
A primeira grande injustiça de que o clube da Luz se sentiu vítima, nessa
época, girou em torno de um castigo de cinco jogos de suspensão aplicado a
Chino, o influente extremo-direito da equipa. Quando a pena estava
praticamente cumprida, o castigo foi reduzido para um jogo apenas!
Jornadas mais tarde, depois de um protesto do Belenenses referente a um jogo
com o Benfica ter sido aceite pelas autoridades federativas (primeiro por
ter sido negado aos homens da cruz de Cristo um golo directo conseguido na
marcação de um canto e depois pela barreira defensiva dos encarnados se ter
alegadamente mexido antes de Matateu, a estrela da equipa, apontar um golo
de livre), o clube da Luz viu o jogo de repetição ser marcado para a
quinta-feira anterior à partida decisiva com a CUF.
Por fim, o encontro que os «encarnados» disputaram em Alvalade, na penúltima
jornada, no domingo anterior, ficara marcado por cenas de autêntico
pugilato, que fizeram com que a equipa terminasse a partida com apenas nove
jogadores, por expulsão de Ângelo e lesão de Artur.
Minutos dramáticos
O Estádio da Luz estava à cunha. A equipa de arbitragem - Inocêncio Calabote
foi auxiliado por Madeira da Rocha e por Manuel Fortunato - foi a primeira a
entrar em campo, uns cinco minutos antes da hora prevista para o início da
partida, seguida, nos minutos seguintes, pela turma do Barreiro. Os
responsáveis «encarnados» admitem que atrasaram o mais possível a entrada da
sua equipa no relvado, de forma a poderem beneficiar do conhecimento do
resultado em Torres Vedras. «Faltariam aproximadamente dois minutos para as
quinze horas quando entrou a equipa do Benfica», declararia, mais tarde,
Manuel Fortunato, um dos fiscais de linha, no âmbito de um processo
disciplinar que viria a custar a irradiação de Inocêncio Calabote, mais de
20 anos depois dos «bons serviços» que, unanimemente, prestou à arbitragem.
«Havia numerosos fotógrafos dentro do campo para fotografar a equipa. Isto
deu lugar a uma certa demora, tendo o árbitro procurado que os fotógrafos
abandonassem o campo. Isto fez com que o jogo principiasse uns três minutos,
aproximadamente, depois das quinze horas», adiantou o auxiliar.
Apesar do esforço dos homens do Barreiro, a primeira parte correu de feição
para as aspirações do Benfica, que chegou ao intervalo a vencer por 4-0. Aos
58 minutos de jogo, o cufista Quaresma reduziu para 5-1, colocando assim o
FC do Porto em vantagem. Mas o Benfica, em tarde inspirada, não tardaria a
fazer os 6-1.
Os últimos minutos, segundo relata a Imprensa da época, foram «dramáticos»
nos dois campos. Primeiro, na Luz, Mendes fazia os 7-1, dando o título ao
Benfica. Depois, em Torres, Noé marcava o segundo golo do Porto, empatando
de novo a contenda entre os dois grandes. E, a vinte segundos do final desta
partida, Teixeira elevava a marca para 3-0, colocando a faixa de campeão ao
peito dos «azuis e brancos».
Na Luz, os «encarnados» deram tudo por tudo ao longo dos seis derradeiros
minutos da partida (dez, com os descontos) mas não conseguiram voltar a
marcar. Por um só golo (81-22 contra 78-20), o FC do Porto, na altura
treinado por Bela Guttmann sagrava-se campeão nacional.
«Na manhã seguinte, em Évora, preenchi o relatório do jogo, que mandei para
a Comissão. Tinha assinalado três penaltis e expulsado três jogadores da
CUF. Creio que não houve mais nada de especial a registar.»
Isto pensava ele, na sua inocência de Inocêncio puro, longe ainda de saber,
como viria a apurar mais tarde, quantas coincidências nefastas se não podem
cruzar no caminho dos inocentes. «Em 58-59, a presidência da Comissão
Central de Árbitros, por força da rotatividade do cargo ou de qualquer coisa
no género, foi parar às mãos do Belenenses, então um dos quatro grandes, na
pessoa do dr. Coelho da Fonseca. O presidente anterior veio a Évora
avisar-me um belo dia: 'Você ponha-se a pau, que a Comissão que entrou vem
com intenções de o irradiar', disse-me ele, o Gameiro Pereira. Queriam
vingar-se.
«Logo de seguida, depois do tal Benfica-CUF, alegando má-fé minha no
preenchimento do relatório do jogo - que teria começado não sei quantos
minutos depois da hora, que teria tido um intervalo maior que o devido e um
prolongamento excessivo também -, o dr. Coelho da Fonseca abriu-me um
inquérito e não descansou enquanto não conseguiu que me fosse aplicada a
pena de irradiação da arbitragem. Ao fim de 22 anos de bons e leais
serviços, conseguiram pôr-me na rua alegando um pretenso erro meu de
cronometragem. E se escrevi no relatório que prolonguei a partida durante
quatro ou cinco minutos foi porque entendi que o devia ter feito e porque
foi esse o tempo que o meu relógio realmente marcou. E qual é o relógio que
conta?»
Depois de mais de 20 anos dedicados à causa da arbitragem, Inocêncio
Calabote viu-se irradiado por um pretenso erro de meia dúzia de minutos.
«Não, nunca ninguém me acusou de suborno, de comprado ou de coisa no género,
que nunca ninguém encontrou matéria para tal. Aplicaram-me a pena máxima só
porque o meu relógio, pretensamente, não tinha o rigor de um cronómetro
acima de qualquer suspeita.»
E repete-se inocente, Inocêncio João Teixeira Calabote. Sem esperança nos
homens, até que o esquecimento o liberte.
AINDA hoje, quase 40 anos depois dos acontecimentos que viriam a marcar, de
forma tão dramática, a sua vida, Inocêncio Calabote experimenta, mesmo sem
querer, sentimentos contraditórios em relação ao que então se passou: por um
lado, gostaria de poder esquecer, de ter artes para varrer tudo da memória e
deixar a cabeça limpa, como uma casa arrumada, como se nada, alguma vez,
tivesse realmente sucedido; por outro, a «injustiça» que lhe fizeram foi tão
grande, tão violenta que o próprio corpo ainda agora se lhe arrepia todo
sempre que, quando menos o espera, o fluir do sangue lhe traz de volta ao
coração o sabor amargo do desamor dos homens.
Nunca mais fui a um estádio, não sou capaz. Gosto de ver o futebol na
televisão. Mas, depois, vou-me deitar, e a cabeça não pára, só quando
consigo adormecer.»

Monday, September 22, 2003

FC Porto a trinta jornadas do fim

Alguém tinha que pagar o empate do FC Porto em Belgrado frente ao Partizan.
Desta vez foi o clube da luz com golos oferecidos e olés. Faz-me lembrar um
critico dos Idolos:
o slb é vitima de si próprio!
Já o Sporting tinha pago a derrota na Supertaça Europeia.
Será que a trinta jornadas do fim já temos o anunciado Campeão?

Reinserção Social

Gostei tanto deste comentário de outro blog que incluo aqui pelo espírito
ser semelhante.
No Bessa, estreou-se pela equipa encarnada João Pereira, um miúdo oriundo do
Casal Ventoso. Este jovem jogador juntou-se a Miguel (nascido e criado na
Zona J) na ala direita da equipa encarnada.
Mas o que eu pergunto é: onde está a tão falada reinserção social?!
O pobre do miúdo consegue sair do Casal Ventoso e acaba na equipa do
Benfica. É chocante!

Natal

De há uma década para cá o clube da Luz vem refreando os animos cada vez
mais cedo.
Antes dos Campeonatos começarem são sempre Campeões, mesmo nas machetes
basta que um seu jogador tenha sonhado com isso para vir a palavra Campeões
em titulo garrafal na 1ª página sob uma foto da equipa encarnada (em
Agosto)!
Depois se ganham 2 ou três jogos de seguida, são logo os favoritos para
serem Campeões Europeus e melhores do mundo!
Mas o Natal traz geralmente como presente a Dura Realidade, e têm ficado
arrumados nas aspirações nessa altura.
Depois dum 4º e 6º lugares e depois de 2 anos de jejum europeu, arrumar as
botas passou do Natal para o São Martinho.
Este ano estão prontos para arrumar as botas a trinta jornadas do fim
Fazem cada vez mais juz ao epíteto 'Glorioso a Preto e Branco', do tempo das
vitórias na TV a preto e branco!

Castigos da Comissão Disciplinar da Liga

1) O McCarthy levou os jogos de suspensão suficientes para falhar o clássico
nas Antas com o clube da Luz, com uma decisão célere a fazer esquecer os
três meses de demora do castigo a Jardel!
2) Na temporada passada Jardel tinha sido suspenso 3 meses depois de mostrar
uma camisola interior, foi castigado 93 dias depois para não jogar o
clássico Lisboeta, e quando o campeonato acabou...foi despenalizado!
3) A Deco tentaram mas não conseguiram dar 2 jogos, dando 3 ao agressor
contrário, para falhar que o clássico na Luz, mas como era demasiado
escandaloso acabou por jogar.
4-Conclusão)
Quanto mais porfiam em tentar ganhar por meios invíos, escolhendo as alturas
das penalizações e o numero de jogos para suspender vedetas dos clubes
rivais, através do poder de Cunha Leal o presidente da Comissão Disciplinar
e ex-dirigente encarnado, mais o destino lhes veda o caminho das vitórias,
mais o feitiço se volta contra o feiticeiro, apre!
Pois o que estes 3 casos têm em comum são 3 derrotas do Clube da Luz 2-0 nas
Antas, 1-2 e 0-1 em casa.

Friday, September 19, 2003

Clube da Luz

Recuso-me por principio a gastar a palavra que está estafada pelos média e
população em geral, faz parte do meu programa de sanidade mental, evitar
falar de coisas detestáveis, e assim refiro-me ao clube do povo, como 'Clube
da Luz'.
O Salazarismo em Portugal transformou-se em Benfiquismo, continua a haver
ditadura.
E não há maneira de terem vergonha na cara nem de preceberem que não adianta
aldrabarem as regras tentando passar à frente dos adversários à boa maneira
ditatorial, cuja legitimidade lhe é conferida pela massa de cerca de metade
dos adeptos.
É que o clube da Luz é muito pior que o Salazar: Têm os média como meio que
publicitar a sua mensagem terapêutica, mesmo que nada tenham para dizer e
nem para as competições Europeias sejam qualificados.
Têm o Ministério da Finanças a dar certificados de impostos em dia para não
descerem de divisão contra cheques que ficam na gaveta (No tempo de Vale
Azevedo).
Têm o Governo a dar mundos e fundos perdidos para a gloriosa instituição
poder sobreviver acima das possibilidades construindo Estádio Novo.
Têm jornal nacional que faz capas inenarráveis só para se falar no clube e
outras que demonstram o mau perder e clubismo primário, como se na redação
da Bola estivessem adeptos dos 'No Game Boys'!
E mais importante em termos desportivos, como metade dos adeptos é vermelho,
metade dos Arbitros idem, ou seja em 50% dos jogos com relevo, em caso de
duvida dedidir-se-à sempre a favor dos interesses do clube da luz.

Imprevisibilidade no Futebol

Há um clube que personifica esta máxima como um lema- o Belenenses!
Nenhum clube é capaz de levar em casa 1-5 do Beira Mar e ir ganhar à Luz 3-2
no mesmo campeonato, ou peder 0-3 com o Estrela da Amadora no Restelo e ir
às Antas ganhar 2-1, num mês!!
Ou estar há três anos consecutivos sem perder nas Antas!! (2000/01 a
2002/03)
E que dizer dos célebres 3-3 no Estádio Nacional com o slb em que meio
milhão de Portugueses mudou de canal com 3-1 aos 90 minutos e perderam os
dois golos nos descontos que deram o justo e cruel empate!!
Ir ao Restelo assistir a um jogo é ir lá sem nunca saber o que nos espera,
tanto podemos dar 3-0 ao Porto como ser goleados pelo Estoril, mas temos
sempre emoção e espectáculo nem que seja do adversário!
E é isto que nos diferencia, aos Belenenses, dos adeptos dos clubes grandes,
como as espectativas são mais altas em termos de espectáculo e emoção do que
em termos de resultados, independentemente do resultado podemos chegar a
casa depois de termos sofrido uma goleada caseira e estar bem dispostos por
ver a familia. Parece incrivel não é? Mas é verdade, tenho um amigo ferrenho
portista que só acreditou quando lhe disse que perceberia quando fosse Pai.

Tuesday, September 16, 2003

Jogos na TV

Um adepto de um clube pequeno a assistir a um jogo na TV contra um clube
grande sente-se como um judeu na Alemanha Nazi, ou um Bósnio na Sérvia, ou
um Americano no Iraque, ou um Portista no Casal Ventoso!!
A dualidade de critério dos comentários, o entusiasmo dos respectivos golos,
a parcialidade da leitura dos lances polémicos é escandalosamente gritante.
Mesmo o adepto do clube grande que vê um jogo a desejar a derrota do rival
sente-se no mínimo, estrangeiro!

Jornal A Bola

A chamada bíblia dos lampiões é o suprasumo do clubismo e do despotismo dos
média nacionais.
As capas da semana em que o slb e o FC Porto perderam a qualificação para a
liga Campeões e a Supertaça Europeia respectivamente, vincaram a diferença
de tratamento.
Na derrota com a Lázio do slb vinha uma foto de um jogador encarnado a ser
ceifado em falta, com um titulo 'Nem Marte Ajudou'. (o que é normal,
sub-entende-se que tiveram perto e foi azar terem perdido a eliminatória,
apesar dos 1-4)
Já a derrota do FC Porto por 0-1 (e não 1-4) com o Milão trazia uma foto dos
jogadores do Milão com Rui Costa com a Supertaça e o titulo 'Super Rui', a
vangloriar o adversário estrangeiro só por ter um jogador Português!
Mas a Lázio têm dois Portugueses, Couto e Conceição, porque não puseram o
titulo 'Super Portugueses'?!?
Os Jornalistas da Bola alinham pela bitola clubistica da Claque Siper
Dragões que dois dias antes tinha recebido em efusivo apoio os jogadores da
Lázio no Aeroporto, ou quem sabe era apenas o apois a dois ex-jogadores
Portistas.

Friday, September 12, 2003

SER BELENENSES

Esta ode não terá a verve exacerbada do livro 'OBRIGADO EUSÉBIO' de João Malheiro, nem a qualidade literária da epopeia que o pantera negra está a preparar chamada, 'DE NADA JOÃO MALHEIRO', mas é a singela homenagem à minha filiação Belenenses.
Sendo oriundo de uma familia paterna que liga tanto a futebol como a cricket, (e cujos comentários a um jogo se assemelham ao relato de uma partida de poker ou canasta), mas de uma familia materna com 3 Campeões Nacionais Séniores pelo Belenenses, em Andebol, Natação e Basquetebol, eu não podia deixar de ser sócio e adepto desde que nasci.
Herdei destes o talento para o desporto, e só não sou um João Pinto porque me obrigaram a estudar, senão, em vez de estar agora a escrever, estaria mergulhado no alto ventre da Marisa,... mas não me posso queixar!

Ser do Belenenses, é ter a liberdade de assistir ao espectáculo puro, sem clubismos espartilhantes, à imprevisibilidade do único clube do mundo que é sempre tripla no totobola, capaz de perder em casa 1-5 com o Beira Mar, e na semana seguinte ir vencer às Antas, é reconhecer o mérito do adversário, é estar a par da natureza humana de defender o mais fraco, é ter orgulho em ser diferente, mais, em ser de uma minoria esmagadora no meio dos grandes da capital, é golear o slb 4-1 e vencer o Sporting, mas ficar fora da UEFA, é termos o Estádio mais bonito do mundo, (e o maior, pois nunca enche), é termos capacidade para rir de nós mesmos, e rir dos telhados de vidro e do fanatismo dos outros, e acima de tudo é estar sempre bem disposto independentemente dos resultados!