PASTEIS DE BELÉM E TRIPAS AU VIN DU PORT

A ementa, antevia uma linha demasiado ténue, entre o prazer de um fausto repasto, e a digestão de uma azia descomunal. Mas eu estava confiante, achava que bastava que uma das minhas espectativas se concretizasse.
- Que a equipa do FC Porto no inicio do jogo, quando fosse colocar a coroa de flores na estátua do Pepe, a deixasse cair no pé do Quaresma, que com a dor de desiquilibrasse, e caissem todos em carambola escadaria abaixo, até à Casa Pia, e que nessa precisa altura, fossem atacados fulminantemente pelo sedento Bibi, que lhes causasse um andar estranho, que abrisse mais espaços, para o Belenenses penetrar no último reduto Portista.
- Ou que o Co, inspirado pela vista para o Cristo Rei de braços abertos, inventasse uma táctica de bondade cristã, sei lá, um 2-3-5, com o Calamity Alves e o Calamity Costa a 'segurarem' a defesa.
- Ou ainda que, a dupla de Brunos mais temidos dos Portistas, o Alves e o Paixão jogassem ambos, e que nos oferecessem um penalti fora de jogo no ultimo minuto.
Mas misturar em pensamento, as ideias 'Belenenses' e 'beneficios/ofertas', quer da sorte, quer da Apaf, é uma incongruência tão perigosa que tenho medo de ficar com um nó no cérebro.
Perdemos com o FC Porto, e sinto que fui transportado pelo meu próprio entusiasmo, para uma twilight zone futebolistica onde se encontram todas as ambições Belenenses, recalcadas pela dura digestão da realidade.
Do mal o menos, à saída do camarote presidencial, o Presidente do Belenenses lançou uma OPA sobre o FC Porto, e Pinto da Costa, ainda traumatizado pelo episódio Bibi tê-la-à aceite de imediato.