APRE

A coerência é o ultimo refúgio dos que têm falta de imaginação. Daí este ser um blog irreverente, implacavelmente iconoclásta, (onde inexplicavelmente só há adjectivos começados por i), mas cuja impunidade fica à curta distância de uma pedrada no charco da indignação...

Friday, October 13, 2006

POLÓNIA 2 – PORTUGAL 1

A equipa começou por observar a corrida dos Polacos, e logo aos 8’ cruzamento do lado direito para a área portuguesa, Smolarek assiste de primeira para trás onde surge Lewandoski a rematar também de primeira, Ricardo ainda consegue deter o remate, mas Smolarek espantando a defesa portuguesa, na recarga inaugura o marcador para os polacos. Depois começa a instalar-se a confusão, Deco bem marcado não consegue construir jogo, Costinha e Petit atrapalham-se mutuamente, Ronaldo vai correndo amuado com os incomodativos polacos, Simão meio perdido no campo também é anulado pelas marcações polacas. Aos 17’ a defesa portuguesa está outra vez mal e demora a afastar a bola. Ricardo Rocha falha de cabeça a tirar a bola e Rasiak aproveita de pronto para dar um toque a isolar Smolarek na direita que assim que entra na área fuzila a baliza portuguesa. Mas ainda vinha pior, incrédulos vimos o Ricardo Carvalho especado a tirar medidas à baliza adversária enquanto o contra-ataque polaco era combatido, basicamente pelo Ricardo… Mas não era tudo, Ricardo Rocha lembrou-se que era boa ideia correr e entra em sprint na grande área portuguesa abalroando Costinha. No meio de tudo isto vimos a pobre Amélinha a espreitar por entre as torres centrais polacas. Aos 90’ a poderosa Amélinha mostra que a táctica da carraça pode funcionar, os Polacos já indiferentes à sua presença deixaram-na estar. Fizeram mal e ainda bem. Agora pergunto eu, Włodzimierz Smolarek, não te bastava ter-nos incomodado nos idos 80, não te bastava ter um filho que 20 anos depois nos humilha com jogadas a lembrar o nosso Pantera Negra, ainda tinhas de chamar-lhe Euzebiusz?