APRE

A coerência é o ultimo refúgio dos que têm falta de imaginação. Daí este ser um blog irreverente, implacavelmente iconoclásta, (onde inexplicavelmente só há adjectivos começados por i), mas cuja impunidade fica à curta distância de uma pedrada no charco da indignação...

Monday, December 11, 2006

EU, CAROLINA - UMA CINDERELA CONTEMPORÂNEA

Em jeito de “Eu, Cláudio”, a ex-Cinderella do Norte afirma: “Previ que estava a nascer um grande amor e não me enganei. Dançámos três músicas seguidas e a sensação que tinha era que apenas existíamos nós, não havia ninguém em volta. Fez-me sentir uma verdadeira princesa.”
E assim, publica as memórias que guarda dos tempos de rainha dos Super-Dragões. Talvez uma forma de, apesar do desenlace menos favorável do romance, continuar a poder dizer: “Mas bocê sabe quem eu sou?”
E a gente até nem queria saber, eu pelo menos. Aliás se nunca tivesse visto aquele lamentável cartaz “Orelhas, estou aqui”, não digo que fosse mais feliz, mas acreditava mais na humanidade (e nas Cinderellas, ou nas Bruxas, ou mesmo no Pinto da Costa).
O dito livro que poderia ter como subtítulo “Do Calor da Noite ao calor da Cela” já que a nossa Cinderella, confessa, preto no branco, ter sido a mandante de um crime que, alegadamente, tem como co-autor o ex. Agora há que deter e interrogar a senhora, uma vez que a notícia do crime é do domínio público – ao trabalho meus amigos, que já partem com atraso!
Mas o cartapácio não fica por aqui, há os momentos tocantes, de ir às lágrimas mesmo, uma espécie de exercício escatológico sobre o amor – com unhas de pés e flatulência; há os momentos “a queda de um anjo” quando a Carolina nos confessa ter ficado abismada por, no primeiro fim-de-semana que passaram juntos em terras Castelhanas, ter sido surpreendida por a reserva contemplar apenas uma suite de hotel – do Calor da Noite ao fresco da hotelaria? Há o tocante problema do ataque cardíaco do coelhinho, enfim, tratem a rapariga que ela não está bem, se é que alguma vez esteve…