APRE

A coerência é o ultimo refúgio dos que têm falta de imaginação. Daí este ser um blog irreverente, implacavelmente iconoclásta, (onde inexplicavelmente só há adjectivos começados por i), mas cuja impunidade fica à curta distância de uma pedrada no charco da indignação...

Thursday, March 15, 2007

ESPECTADORES, 62.751

O jornal "O Jogo" na sua edição do dia 9 de Março último, incluía uma curiosidade interessante, os 8 jogos da 20ª jornada da liga Bwin tiveram um total de 62.751 espectadores. Como frisa o jornal, os adeptos dessa jornada cabiam todos na Luz. Ora se o Dragão estava bem preenchido, levando pelo menos metade do total de espectadores (digo eu), os restantes jogos tiveram, em média, menos de cinco mil espectadores (sendo que, SLB e SCP jogaram fora). Este panorama leva a reflectir acerca da sustentabilidade de um futebol profissional que vive de três clubes - eram dois, mas graças a José Maria Pedroto, e depois a Pinto da Costa, são agora três - será esta liga competitiva, não iremos nós, a médio prazo, levar um tombo nas competições europeias de clubes por ter uma liga a feijões?
A esmagadora maioria dos adeptos pertence a um dos 3, pelo que a pressão para alterar o status quo é nula - para quê dividir vitórias por, digamos, 6 se podemos dividir irmãmente (como cães, claro) por três? Assim, só um tolo se preocupa com a competitividade da Liga (esses detalhes só ganham relevo durante o defeso e se não houver imagens das férias paradisíacas da Amélinha). Discute-se apaixonadamente o sistema degladiam-se os 3 grandes, periodicamente lançam umas piscadelas de olho aos históricos (Belenenses, Académica - ou o que resta dela), olha-se com atenção o Paços de Ferreira (que já tem chateado muito), e com mais calma para Braga, Leiria e Boavista, são parceiros que sabem o seu lugar. Ah, e convém verter uma ou outra lagrimeta pelo Vitória aproveitando para falar no Leixões. Os pequenos podem queixar-se mas ninguém lhes liga - para isso é que servem (principalmente) os castigos ao Liedson, Derlei e Quaresma. Assim correm os dias, soalheiros e pachorrentos, cabeças erguidas pelo orgulho de vitórias internacionais. Pois, fiem-se na Virgem e não corram...